Valéria Gurgel
"Ficção, Romance, Emoção, Aventura e suspense"
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Textos
A sociedade nossa de cada dia nos dai hoje...
 
A sociedade nossa, a cada dia nos dá um bocado grande de velhos costumes que se arrastam de geração em geração, parecendo uma genealogia perniciosa que tende a se duplicar e repetir uma série de costumes, crenças e valores que nos dias atuais já não se enquadram no nosso padrão ideal de vida.
E um dos piores é o machismo, infundado no homem, no macho, que se vê destacado na natureza desde as plantas, os animais, chegando ao ser humano de forma radicada e visivelmente instrucional.
Desde bem pequena, a criança do sexo masculino, aprende a ser machista por majestosa excelência de suas próprias mães, que logo dizem:
_ “Não chore meu filho! Homens não choram”...
Aí, já se começa a incutir na criança esse sentimento de grandeza forjada e desequilibrada, onde se oprime sentimentos, expressividade, talentos, vocações, gerando no futuro, seres opressivos e desequilibrados.
Daí, vem durante a vida, recheadas situações que deveriam ser apercebidas pelos pais e principalmente pelas mães, que costumam-se passar mais horas ao lado dos filhos, mas elas, as mulheres, que são as principais vítimas desse velho costume rude e milenar e que são estritamente aplicados em seu desfavor, insistem imperceptivelmente em agir de forma a instigar os jovens machos, desde pequeninos, a esse tipo de comportamento.
Em casa, se cria a menina diferente do menino.
A menina ajuda a mãe, lavar os pratos, mas o menino vai pro quarto, jogar Playstation, pois ele é homem!
O menino vai andar de bicicleta na rua com os colegas, mas a menina fica em casa com a mãe, ajudando-a a fazer um bolo para o lanche da tarde.
O menino precisa estudar, para ter um bom emprego e poder sustentar a sua família quando casar... Bem... Isso aí já começou a mudar, pois hoje, já se vê nitidamente que o estudo na maioria das escolas, parece ser mais valorizado pelas mulheres e as salas de aula são sempre lotadas delas!
E por aí vai...
A menina brinca de boneca e o menino... Ah! Esse se for o “papai” na brincadeira vai ser o motorista, pois se ele trocar a roupa da boneca ele vai virar...
“Como se a predisposição de cada um, já não fosse meio que nato do ser humano”. É lógico que para toda regra se vê exceções! Depois querem ver os “super pais”, trocando fraudas de seus filhos, ou fazendo papinhas!
Quando crescem, aqueles homens, já estão prontinhos para se destacarem na sociedade em que vivem e sendo taxados de insensíveis, machistas e rudes. São apenas frutos do meio em que viveram grande parte de suas vidas, quando tinham as “doces mamães” para adulá-los e dar tudo nas mãos! Roupinhas lavadas e passadas, comidinha no prato, mimos, proteção e até bajulações espetaculosas, quando se tratam do famoso “rapa de tacho”, que além de “caçula” tem mais esse destaque preferencial.
Logo, quando se casam, se transformam em maridos, pais, sogros, avôs, iguaizinhos à imagem e semelhança de seus antepassados, gerando assim, um círculo vicioso que tende a se duplicar, corrompendo a evolução humana, apodrecendo relacionamentos, ferindo expectativas e cultivando velhos valores, que já não se pode enquadrar em nossos dias atuais... Mas infelizmente, se perpetuam indistintamente. Será preciso acabar com a humanidade por completo, para se começar assim uma nova era, de novos valores e concepções? Ou ainda podemos analisar criteriosamente os fatos e acordar para aquele pequeno detalhe, que insistimos em não querer aceitar!
“Para se mudar uma sociedade, é preciso que mudemos primeiramente a nós mesmos e assim, como toda uma grande maratona, que dá trabalho e faz suar, sempre se começa pelo primeiro passo!” Então... Vamos lá?!

                                                                                                         
                                                                                                          Valleria Gurgel


Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 16/03/2010
Alterado em 06/04/2010
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