Crack por Crack gente por gente
Há alguns milêniosjá se ouvia dizer uma máxima proferida por um celebre sábio.
“Olho por olho dente por dente”
E o velho acerto de contas é antigo e milenar, prejuízo não é coisa que se toma nem se dá. Inúmeras gerações se deram e se negociaram dessa justa forma. Até que um belo dia, eis que inventaram uma maneira diferente, mas no fundo, no fundo, tem o mesmo significado. E a humanidade viciada se tornou vítima de uma dura realidade que vem se arrastando para o século XXI “É o preço que se paga pelo vício que se tem”. A vida humana se banalizando, pesada nas balanças de precisão, da dura necessidade do êxtase! De não querer ser ela mesma, exposta aos riscos de um caminho sem volta e de dura readaptação.
Para cada tonelada de massa humana se aglomerando na imensidão, centenas de quilos de drogas se dissolvem e se misturam, contaminando a pura essência da vida, da índole, do caráter, da dignidade de ser feliz.
E nos acertos de contas vidas são negociadas, desvalorizadas, no cotidiano das vilas, dos subúrbios das grandes favelas, dos becos e mansões. “A vida virando uma droga”.
A população sem controle da situação.
Hoje, “cegos e banguelos” gritam na multidão: -Crack por crack gente por gente!
Valleria Gurgel 03/04/2010
Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 06/04/2010
Alterado em 18/08/2013