O "X" do problema !!!
Sabemos que é difícil sistematizar uma teoria ou método coerente, aquele modelo padrão a se aplicar quando o assunto é educação dos filhos!
Filhos não vêm com manual de instrução, nem data de validade!Não são aparelhos eletro eletrônicos que se pode ligar e desligar, ou recarregar as pilhas! Devolve-los para a fábrica quando se acredita ter vindo com defeitos de fabricação!
Daí o tamanho da responsabilidade e o verdadeiro sacrilégio dos pais ao se deparar com essa situação! O pior é que as vezes sequer conseguem detectar onde está o problema?
Mas e quando “os pais” que são o problema?
Aí se dá um verdadeiro dilema!
Não aceitam, não admitem e sequer percebem essa verdade! Tentam evitar falar no assunto e desvencilham-se então das linguagens verbais. Porque ao analisar o outro ângulo da questão, percebe-se que são os filhos, que desde o embrião, o feto, os bebes, as crianças e adolescentes é que estão a assistir e enxergar os defeitos, as falhas, as fobias, as carências,os medos e incertezas, as paranoias, os traumas e frustrações que são gerados por seus progenitores no âmago da razão,causando uma desconstrução de uma ordem cronológica dos fatos que deviam ser lógicos: - Filhos devem aprender com seus pais! Mas quando se dá a tragicomia da vida familiar, educar os pais é que se torna a tarefa mais árdua, dos filhos! E é enquanto crianças, que se envergam os pepinos dos marmanjos!
E para cada pai problema há sempre uma solução pequena e pueril.
Choros incontidos, peraltices, insônias, falta de apetite,comer demais, pirraça, preguiça, e uma chupeta inseparável! Chupar dedos, fazer caretas, falar palavrões, roer unhas, falar com a boca cheia, cuspir nos outros e fazer xixi na cama... Inúmeras são as formas de se tentar educar os pais!
Na verdade, isso tudo, nada mais é que um choque de convivência! Afinal, os pais são o primeiro modelo de vida em sociedade que a criança tem! Com toda a sua cultura, crença, hábitos, manias, defeitos e qualidades! Numa busca constante de acertos que passa de pai para filho! Como o chamado “ pecado original” Que não se sabe de onde vem, nem até onde vai ou sequer entender de quem é a culpa dos erros cometidos e das consequências desses erros!
Não é mesmo de se esperar reações diferentes quando ao nascer, aquele pequeno ser humano encontra um modelo a seguir e aceitar!
Mas para aqueles pais ineducáveis, que não cedem aos caprichos e não aceita entrar nos jogos lúdicos de uma família pedagogicamente correta, a situação se torna bloqueada!
A sociedade recrimina e afirma ser o fim dos tempos! Quando se veem os papeis parecer invertidos!
Acredita-se na falsa ideia de que o pai sempre tem a razão. Que tudo sabe e tudo pode! Uma velha ideia etnocêntrica familiar, que nos dias atuais já não anda sendo tão aceita pelos pequenos!
E vem a questão, quebrando-se a opressão do monólogo! O drama da incerteza dos pais com seus idealismos, não se permite dialogar.
Os filhos ampliam a visão de mundo, muito além daquilo que se diz realidade do ser adulto.
E se não há um contexto democrático e um espaço de diálogos e de comunicação entre pais e filhos, cria-se outras formas dialogais, que são as mais estressantes para todos. Tal qual uma chantagem emocional; psicologicamente inerente do ser.
É como já dizia Paulo Freire: “A conscientização da humanização e da politização; é a educação e deve ser uma pratica libertadora”.
Discussão de temas polêmicos em família precisa de uma bússola a determinar o ponto de referencia e uma rota que se deseja alcançar e seguir. Jamais ignorando, reprimindo ou fugindo de uma situação ou de uma responsabilidade assumida!
Ser pai, ser mãe, ser filhos, três fundamentais importâncias, numa política familiar a repensar, reaprender, reeducar e redescobrir, onde está o “X” do problema?!
Valleria Gurgel
13 de setembro de 2013.
Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 15/09/2013