Valéria Gurgel
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Textos
"Não é preciso saber muitas coisas, basta viver algumas"
“Não é preciso saber muitas coisas, basta viver algumas”
Frase de (Jorge Angel Livraga)
Por Valéria Gurgel
19/02/2020
Buscamos ansiosamente pela informação. Observa-se, facilmente, como este século se revela na busca desenfreada por informações, sem sabedoria!
Parece uma dicotomia, mas não é. O saber e a sabedoria são dois extremos que deveriam ser equilibrados e entendidos pelos seres humanos na íntegra. O conhecimento superficial busca alimentar somente o ego. Portanto, não cria raízes e não adentra as entranhas da sabedoria. Sábio é aquele que usa o conhecimento e, através de seu saber aprendido, analisa, interpreta, pensa, para entender o que aprendeu. E ele sabe que não basta aprender sem ter a capacidade de colocar em prática. Água parada não gera energia, assim como conhecimento sem vivência não gera crescimento, nem sabedoria.
A evolução do mundo depende estritamente de uma evolução pessoal e consciente.
Impossível consertar uma sociedade, mudar mentalidades, atitudes e consciências antes de consertar a si mesmo e evoluir individualmente. E esse processo se dá lentamente a partir de um despertar profundo do seu eu verdadeiro. Esse “eu” que só se percebe com o autoconhecimento.
Não é fácil perceber e aceitar o quanto necessitamos evoluir. Muitas vezes não enxergamos o óbvio, em nós, que outros veem. Logo, não deveríamos nos magoar quando alguém nos aponta algumas de nossas mazelas. E sim agradecer por nos advertir, nos mostrar onde precisamos nos lapidar.
O tema proposto na frase do autor acima citado nos faz imaginar que todos vivem uma grande busca superficial de informação e saber. A ponto de não se compreender a leveza das palavras e agir com arrogância, usando de uma linguagem grotesca e agressiva. E essa arrogância e o uso de agressividade impedem o aprendizado em situações novas, afastando o outro, justamente aquele que poderia nos ajudar a enxergar o óbvio. Melhor seria calar e refletir.
Geralmente é o que nunca se faz. E aumenta-se a lista de antipatias, de críticos, até mesmo de invejados sem saber o motivo, a começar nos ambientes familiares, estendendo-se para os ambientes profissionais. Assim se destrói, e não se constrói laços, formando-se nós. E nós cegos. Completamente cegos!  Em se tratando de cegos, é sempre bom lembrar também que o pior cego ainda é aquele que não quer ver, se ver!
Quando se diz “consertar” tem-se uma ligeira impressão de estrago, de sermos seres objetos, usados e abusados pelo outro e, lamentavelmente, abusados por nós mesmos. Uma vez que não nos encontramos conosco mesmo e seguimos adiando esse encontro pessoal, vamos nos complicando e cada vez mais nos tornando estranhos a nós mesmos. A ponto de não nos aceitarmos, nos ignorarmos e não admitirmos certas atitudes e pensamentos. Alguns posicionamentos que tomamos, em determinadas circunstâncias, nos levam a certas vivências, sem até mesmo saber como, quando ou porque agimos de tal forma. Isso começa a nos incomodar.
E quando isso incomoda, já é um indício de que o nosso ego foi descoberto por nós mesmos e já não aceitamos ser dominados e mandados por ele. Aí ele fica irado e começa todo o processo de desconstrução e reconstrução do que acreditávamos já estar pronto.
O vilão chamado ego sempre nos incita à vaidade, a sermos donos da razão, da verdade, do poder. Ou a nos fazermos de vítimas, pobres coitados ou de gente fina que merece ser idolatrado, elogiado por tudo e por todos. Somos, na verdade, meras presas pútridas e deterioradas diante das vicissitudes da vida.
O único passo certeiro é o saber vivenciado, o único que nos torna dignos de uma sabedoria vitalícia. É a experiência que nos edifica e nos fortalece.
Atentamos para essa máxima, pois o saber está livre, solto e disponível por aí e em todos os cantos da Terra.  Basta buscá-lo com interesse e afinco para transformá-lo em sabedoria.
É uma longa jornada e que nunca estará concluída. Por isso, os grandes e verdadeiros sábios, aqueles que vivenciam seus saberes aprendidos, são poucos.
Esteja atento pois eles são os que menos falam, os que menos se mostram, os que menos aconselham ou apostam em verdades mundanas. Eles não impõem suas condutas nem seus valores, nem dogmas, nem crenças, não se preocupam com o certo ou o errado, com o cedo ou tarde, feio ou bonito, velho ou novo, com o doutor, ou com o auto didata. Tampouco se estamos ou não num patamar de conhecimento, porque não anseiam aplausos. Sábios são aqueles que, em meio à multidão, não se exibem no cenário.


EM TEMPOS DE INTELIGÊNCIA COLETIVA…
O CONHECIMENTO VOA… (https://apsaprojetos.wordpress.com/)





Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 21/02/2020
Alterado em 21/02/2020
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