Valéria Gurgel
"Ficção, Romance, Emoção, Aventura e suspense"
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Textos
Um homem vê no mundo o que carrega no coração

Um homem vê no mundo, o que ele carrega no coração. (Goethe)

Enxergamos no mundo aquilo que conseguimos enxergar. Porque é justo o que emana de nosso coração que se torna mais evidente.
É muito lógico e óbvio, essa situação ocorrer, para os que tendem ao criticismo. Ou ao inexorável ato de se fechar os olhos para certas duras realidades mundanas, usando o intransigente argumento: Prefiro não ver, não ouvir nem saber para não sofrer! Ou, na verdade não seria para não ter que ser intimidado a agir? A ter que se comprometer em tomar decisões, a pôr a mão na massa, a mão no bolso, o pé na estrada, em começar a fazer a diferença no mundo já?
Fácil é fingir que não vê! Que grande equívoco! O primeiro a ser enganado é o que engana a si mesmo!
É muito comum essa prática se dar com mais frequência para os que também não se voltam para enxergar a si mesmos. Aquela velha máxima de um provérbio vale ser citada: Vemos um argueiro no olho alheio, mas, não vemos uma trave em nossos próprios olhos.
Seguindo assim, vamos cada vez mais nos distanciando de uma possível transformação moral de nós mesmos. Logo, o que se esperar de uma possível transformação mundial?
Queremos mudanças. E desejamos que o mundo mude, que as pessoas mudem, que nossos filhos mudem, nossas famílias mudem, a sociedade mude, o sistema mude. Mas, seguimos sem sequer ousarmos a dar o primeiro passo nessa contribuição de mudarmos a nós mesmos, para que mudanças aconteçam.
Seguimos com nossas velhas atitudes, cultuando valores, e crenças de que a forma que somos está perfeita para contribuirmos para um mundo melhor. Será?
Criticamos a tudo e a todos, reclamamos de tudo e de todos, atiramos sempre a primeira pedra. Pode até ser nosso direito, mas, não é o nosso dever!
É permitido certas atitudes, mas, nem sempre é lícito e produtivo. Falar é sempre mais fácil que fazer. Como destruir é mais fácil que construir. Criticar mais fácil que elogiar.
Covardia, comodismo, desculpismo, automatismo adquirido em ver primeiro o defeito ou chamado erro do outro que em nós?
Talvez, se parássemos para pensar que da mesma forma que observamos, somos observados e que muitas das vezes somos até imitados em nossos gestos, atitudes, palavras, exemplos e performance social. Aí se entende o tamanho da responsabilidade de viver e conviver.
Quando começamos a nos auto perceber, despertamos para uma nova forma de ser, agir e sentir, de falar e de ouvir. Nesse processo, vamos tornando sensíveis e perceptíveis em nossas ações, palavras, gestos, atitudes e começamos a imaginar como o outro nos vê, nos percebe, nos avalia, e, nem sempre, será com os mesmos créditos positivos que insistimos em nos dar diariamente.
A começar em casa, em nossos lares, com nossos familiares, pais, irmãos, filhos. Isso se estende à escola, depois, no ambiente de trabalho e se torna muito fácil para o outro que convive conosco saber exatamente quem somos, como somos, como agimos e quase praticamente como pensamos, a partir de nossa conduta!
Não que devemos nos auto atacar e também, atirar pedras em nós mesmos, nos subjugando, condenando-nos e nos fazendo de vítimas, o que não contribuirá em nada para nossa evolução. Porém, bajularmo-nos em meio a um caráter indigno é estar alimentando o lobo em nós e não o cordeiro.
Seja manjar e não veneno para o mundo. De contaminação o planeta já anda saturado.
Bom seria pensarmos em ser bálsamo, ser remédio, ser alimento, ser perfume de boa essência. Ser brisa que toca o outro, no momento oportuno, com sutileza, leveza e amor.
Se queres transformar o mundo, seja você
essa transformação.
Seja você um lindo presente para o outro.
Não espere receber para retribuir. Doe o melhor que possa doar de ti.
Seja o que o outro espera receber de melhor de você e não uma caixa de pandora!
Somente assim, quando o verdadeiro amor estiver dentro de nosso coração, ele se transbordará e aí, poderemos enxergar o amor em toda parte.
Valéria Gurgel
Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 24/06/2020
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