Reiniciar é uma ação necessária. Tão necessária que até os equipamentos de grandes avanços tecnológicos precisam deste comando crucial. Iniciar novamente após um intervalo de tempo, ou um período de interrupção.
Ora vejam só! Se aparelhos eletrônicos precisam um espaço de tempo para resfriar e às vezes evitar que se queime ou aconteça uma pane geral, um curto circuito, imagina nós? Somos seres vivos, de carne e osso, munidos de fortes sentimentos, com a racionalidade desenvolvida. Bem, isso é o que parece e nos compete ser, ainda que muitos não se enquadram nesse formato de programação HUMANA.
Desligar e ligar de novo não seria aquele exato momento onde paramos para respirar profundamente, lentamente? É quando vamos desacelerando toda a agitação do corpo e da mente, conduzindo os nossos pensamentos para um oásis de que tanto precisamos. Reequilibrarmos as nossas emoções diárias, quantas vezes bombardeadas e equivocadas diante as intempéries da vida cotidiana!
Esse oásis, ou paraíso na Terra que tanto ansiamos, nem sempre está na praia paradisíaca, ou em uma viagem de cruzeiro pelas ilhas gregas! A simplicidade deste ato consciente, consiste em simplesmente voltar o nosso olhar atento para o voo e a beleza de uma majestosa borboleta.
Sentir a delicadeza e o aroma das pétalas de uma rosa. Ver a pureza através do olhar de uma criança, a gratidão de um animal abandonado quando nos propomos a entender os seus anseios por sobrevivência.
Entender o que diz aquele meio sorriso tímido e envergonhado, tantas vezes entristecido de um idoso.
São essas preciosas horas, tempo necessário para o resfriamento de nossos neurônios, que acontece o reiniciar e o processamento de dados de forma natural. Uma meditação curativa da mente. Raramente tomaremos decisões que possamos nos arrepender, ou assumiremos atitudes estranhas à nós mesmos. Porque é a vida se resfriando e acontecendo do lado de fora de nossas mentes tórridas de preocupações.
É a beleza singular dos instantes mágicos de nossas existências, que deveríamos valorizar, mas, perdemos no dia a dia estressante, às vezes sem sequer nos darmos conta disso.
São esses momentos únicos e simples, apenas esses, capazes de ajustar os nossos ponteiros e o comando certo.
E, quando necessário, deletamos algumas pessoas de nossas vidas sim, e tudo aquilo que é tóxico e danifica e oxida o nosso sistema cerebral, para que volte o equilíbrio entre a razão e o sentimento.
A nossa máquina HUMANA, a mais perfeita e revolucionária construção já vista por aqui, precisa mais que nunca funcionar em perfeito estado de conservação!
22 de março de 2022