O nosso precioso viver, enquanto dividido entre o passado e o futuro se torna uma eterna balança com seu pêndulo oscilante!
O passado ocupando grande parte de nossas memórias e o futuro abraçando com sofreguidão todas as nossas esperanças!
Nestes ardilosos desgastes mentais sobra pouco ou quase nada para degustarmos o sabor do presente. E o curioso de tudo isso é que somente esse presente é eterno e real.
Todo o resto é a mente e seu poder surreal e sabotador de alimentar as vozes e os desejos do ego, de roubar o que realmente nos pertence!
Viver é desenrolar os laços, remover os nós e demais adereços que envolvem o presente recebido diariamente com emoção, curiosidade, atenção e muito cuidado, respeito e gratidão.
Indiferente dos diversos papéis coloridos ou não que revistam as embalagens, elas não revelarão o valor do conteúdo!
O presente é nosso, todo nosso e somente nós podemos valorizar e usufruir. Tudo mais é apenas a mente corriqueira e empoderada por seus devaneios...
Valéria Gurgel