Pela lógica da fisiologia de nossos corpos, as bocas se abrem depois que as mentes, abertas, em pleno exercício de suas funções, dão o comando.
Em nossa sociedade contemporânea bocas se abrem e tagarelam-se por si sós. O pior, mantendo as suas mentes fechadas! Ora! Ter uma mente fechada é o mesmo que não ter cabeça! Afinal a cabeça abriga o cérebro, órgão complexo que comanda o pensamento!
Como podem existir? Bocas, abertas, sem cabeças? Seriam fantasmas ambulantes? Já ouvi falar de
Mulas sem Cabeças! Ah... Claro! Histórias de nosso folclore.
Não são essas mulas sem cabeças somente personagens de nosso folclore, mas cada um de nós, quando nos atrevemos a abrir as nossas bocas sem termos o crivo do bom senso, da lógica, da sensibilidade de pensar, refletir, analisar, acreditar, desacreditar, antes de falar!
É coerente é decente é elegante, é sinônimo de inteligência, de classe, e isso não depende de muito estudo, nem de muito dinheiro, e sim de dignidade, de puro respeito ao outro. O mundo é dual, portanto nada por aqui é absoluto, e sim relativo!
Abrirmos mais as nossas cabeças e menos as nossas bocas, quando não temos certeza daquilo que dizemos, pode ser um bom começo para a conquista de nossa tão almejada paz interior. Afinal, um mundo de paz, é a gente quem faz!