Valéria Gurgel
Quando as palavras são cuspidas geralmente é porque não foram degustadas, mastigadas.
Quantas palavras cuspimos no rosto das pessoas e quantas palavras cuspismos pelas costas! Quantas palavras alguns cospem em nossas caras ou no anonimato sem nem ficarmos sabendo!?
Muitas palavras são cuspidas e não proferidas com o senso de lucidez, cuidado e respeito.
Talvez jamais paremos para refletir, e pensar com a coerência necessária. Quem seria o maior estúpido? Qual o tamanho da estupidez! Se ela está naquele que cuspiu ou naquele que comeu a palavra cuspida?
Cabe a cada um de nós parar e analisar a questão. Há os que lamentavelmente cospem palavras! Como se elas fossem um mero escremento!
Palavras ingratas, injustas, covardes, calúnias maliciosas, perigosas , quase sempre fruto de invejas descontroladas e vindo de seres mesquinhos e pobres de espírito!
E sem ao menos pedirmos para o outro proferilas, elas nos são lançadas! Que forma mais insensata de fazer uso da dádiva da comunicação!
Mas, aceitá-las, comer o que foi cuspido, se torna uma decisão de cada um. É o livre arbítrio que nos foi concedido. E se podemos escolher, seguir comendo as palavras que nos cuspiram, aí sim, é o sinônimo de nossa maior estupidez!