Valéria Gurgel
O poeta não desperdiça momentos
Registra seus sentimentos...
As alegrias e as tristezas
Seu amores, seus temores, a sua admiração
A feição da pessoa amada sempre guardada
à espera de se tornar poesia.
O medo e seus horrores alimentam sua fantasia
E nas entrelinhas
Suas dores respeitam seus dissabores
Esperam para doer depois que ele termina de escrever.
O poeta não controla a sua vida, nem a deixa em guarida
Apenas a conduz, magistralmente
Entre um ponto e outro
Na linha de sua inspiração.