Valéria Gurgel
Desde muito cedo aprendemos que enfrentaremos muitas filas, não há como escapar. E que respeitar a ordem das filas é questão de educação, vem de berço.
Sempre assistimos os chamados bobos espertos que chegam como quem não quer nada e entra na sua frente.
Quando a fila se trata de um aglomerado de pessoas para análise criteriosa dos dados de nossas vidas a tal da CFSIA ( Crítica, Fofoca, Se meter. Incentivar, Ajudar) geralmente a discrepância se torna assustadora.
Uma fila gigantesca no começo, mas que vai diminuindo de forma ligeira.
Gente para nos criticar dobra os quarteirões!
A turma da fofoca forma grupinhos nas esquinas.
Aqueles que aparecem do nada pra se meter em nossas vidas aglutinan para fazer burburinhos.
E de repente olhamos ao redor e encontramos não mais que cinco talvez com entusiasmo para nos incentivar a seguir adiante.
Mas, na hora derradeira do vamos ver como é que faz, ou seja, na hora da ajuda, já não contamos mais que alguns poucos, que não representam às vezes nem os dedos de uma de nossas mãos.
Ou seja, falar é fácil! E hoje em dia a
linguagem migrou para um joinha, um coraçãozinho, a tal da curtida. Porém, o fazer acontecer, já é outra história!
Que bom que a fila anda! A hipocrisia humana se afasta.E é nesse caminhar devagarinho que vamos separando o joio do trigo de nossas quilométricas filas de falsos amigos e conhecendo na íntegra quem é quem.