Valéria Gurgel
Nem sempre percebemos. E quando nos damos conta já nos tornamos prisioneiros. Escravos da Rotina.
Rotina, soa tão familiar! Chega a nos parecer parente muito próximo. Mas ela habita espaços diversos. O trabalho, a escola, as rodas de amigos, as mesas do bar, os centros urbanos e esportivos, as congregações religiosas, os bancos das praças, os lares, os vicios e principalmente dentro de nós!
Estarmos dispostos e abertos para as mudanças diárias é um bom antídoto contra a rotina. Porque a rotina é traiçoeira e nos leva a uma acomodação confundida com preguiça, com resiliência, com comodismo, com costume...
Vai tomando grandes proporções.
É como se uma gaiola fosse construída sob medida e mais que adentrar esse espaço, passamos a usá-lo como instrumento de proteção.
E quando você se acostuma com essa sua "gaiola", você se encerra dentro dela, definitivamente, de corpo, alma e coração. A gaiola se torna refúgio.
Uma prisão da própria vida. Dos velhos e repetidos conceitos e valores, dos lixos mentais que passam a alimentar o ego e as crenças limitantes fortalecem o medo.
A Rotina rouba a coragem e a liberdade, mesmo tendo asas, perde a coragem de voar...
"Quando você se acostuma com suas próprias prisões, a liberdade se torna um de seus maiores medos".
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@valeriacristinagurgel