Valéria A Gurgel
Guardamos a sete chaves, no cofre do inconsciente, as dores, os traumas, as decepções, as desilusões, os medos, os nossos defeitos e fraquezas tantas, os complexos e os desconexos gritantes entre o corpo físico e o corpo astral.
O inconsciente dá sinais, sutilmente, o tempo todo, avisa onde está a raiz dos males que nos afligem, mas, insistimos em não dar ouvidos, em não ver, e seguimos guardando tudo isso no cofre de nossa preciosa existência.
O nosso sofrimento às vezes, costuma representar para cada um de nós a maior riqueza que insistimos em cultivar, colecionar como joia rara, relíquias de muitas das nossas gerações, que vão repetindo padrões do sofrimento de nossa ancestralidade, através de nossas próprias ações e escolhas e seguimos lamentavelmente sem perceber isso.
Mas, ao mesmo tempo que parecemos querer libertar de tudo isso, queremos guardar e até ocultar inclusive de nós mesmos. Vergonha? Não aceitação?Imaturidade para remexer em nossas feridas e mazelas?
Falta humildade, coragem ou discernimento para encaramos a situação de frente. Às vezes falta tudo!
Até que num dado momento, o que não conseguimos resolver em nossa mente, nosso corpo converte em enfermidades...
Só há um caminho que pode ser um bom antídoto contra tudo isso. E antes que o mal se instale no corpo fisico, precisamos refletir e voltarmos com toda sinceridade para dentro de nós mesmos.
Conhecermos muito bem a nós mesmos, sem filtros, sem máscaras, para assim tentarmos entender muito de nossas histórias e de nossas dores e anseios, ainda que não a aceitemos.
Há inúmeras situações de nossas vidas que nunca encontraremos um por quê, mas sempre haverá um para que, muito salutar!
Muitas situações dependem estritamente do ângulo em que insistimos em seguir olhando. E o que de nós quer ser melhor alimentado para poder crescer!