Valéria A Gurgel
Às vezes a sensibilidade aflorada nos ajuda. Às vezes ela pode nos atrapalhar!
É preciso estar atento para não confundirmos o que a vida realmente tenta nos ensinar e o que o mundo tenta nos confundir.
A vida se comunica o tempo todo com a gente e nas sutilezas é possível entender os recados do universo. É essa sintonia que nos conduz, é a nossa bússola sonora.
Há sons e ruídos. Há sonoridade para quem deseja aprender pelo amor, e em tudo o que vem com a singeleza e a delicada voz da consciência. O amor tem tons para cada som curativo.
Mas, nem todos conseguem discernir a pedagogia da vida quando os ruídos grosseiros de nossos sentimentos desafinados fazem barulhos infernais e assim terminamos tendo que aprender com as marteladas, as pancadas da dor desses ruidos de nossos grosseiros instrumentos mentais.
A ingenuidade é o analfabetismo sensorial mais complicado de se entender e pode até nos fazer bailar ao som dessas pancadas.
Ingênuo é todo aquele que recebe marteladas e segue procurando melodia nas batidas!
Geralmente não adianta querer dançar seguro acreditando estar em conformidade com aquilo que se entende como a melodia da sua vida!
A vida pode até gritar, mas decodificar os sons dos ruídos, nos permite reconhecer o tom do aprendizado.
Sabedoria é discernir as mais sonoras possibilidades, o tempo forte, o tempo fraco, as pausas necessárias para que saibamos solfejar leves possibilidades para crescer!
Afine sua consciência, ela é seu mais precioso instrumento musical!