AQUELE NÓ NA GARGANTA
Valéria A Gurgel
Quem nunca sentiu aquela sensação terrível de se ter um nó na garganta?
Tenta-se engolir, não desce.
Tenta-se tossir, não sai.
Tenta-se ignorá-lo, mas não adianta!
Passamos um bom tempo, ou melhor dizendo, maus momentos buscando entender o que se passa com a gente e dificilmente descobrimos.
Chazinhos de nada adiantam.
Massagens para relaxamento, nem fazem cócegas, compressas tampouco.
E desesperadamente vamos à farmácia e queremos um medicamento milagroso para o estômago, para o fígado, para dores no peito, para dor de cabeça?
Não, para a garganta!
No desespero, já prevendo o pior, buscamos informações com o Dr Google. Depois compramos vários livros de auto ajuda e nada!
E chega a um ponto que nem água desse, nem o ar passa. E vamos apavorados, atrás do melhor especialista para um possível diagnóstico certeiro, para esse nosso incômodo maior. Enfim um pedido de tomografia!
E para nossa surpresa, temos um registro inusitado.
Uma cena de terror. O nosso coração e o nosso cérebro em pleno combate, vivendo uma acirrada disputa num cabo de guerra!
Nesse incansável vai e vem e um desgaste enorme de energia, um calo se forma bem no meio do caminho. É o nó que dá na razão, quando se tenta ouvir o sentimento. E o nó que dá no sentimento tentando aceitar a razão.
Somente um acordo maduro e consciente de paz poderá por fim no conflito.
Não é sobre vencer e sim encontrar um ponto de equilíbrio.
Melhor mantermos uma amistosa relação entre a mente e o coração e com bastante bom senso.
Isso se quisermos praticar aquela velha e recomendável política de boa vizinhança entre eles por largos anos!
@valeriacristinagurgel
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