Valéria A Gurgel
Acreditamos que a consciência é algo estático dentro de nós. E para tal, ela não precisa ser estimulada, metamorfoseada a cada dia até encontrar sua plena expansão.
Que inocente ilusão! Devido a essa nossa equivocada certeza, deixamos que cresçam nossas crianças, livres dessa percepção.
Mas ela, é essencial para desenvolver plenamente e expandir a consciência desde bem pequenos, corpo, alma e sentimento.
Depois, passamos o resto de nossas vidas reclamando que os seres humanos estão perdendo a empatia e o senso de justiça, de moral, de ética e de respeito pelo outro.
Sequer nos preocupamos muitas das vezes, em ensinar aos nossos filhos o que vem a ser esse "outro" e a fundamental importância de nos vermos representados através de cada vida manifestada neste orbe. Afinal vida é vida e indiferente de como ela se manifesta, merece atenção, respeito e cuidado.
As plantas, os insetos, as aves, os répteis, os mamíferos, todos os seres convivem conosco por uma razão de ser. E explicar isso para nossas crianças, despertará nelas, desde pequenas, esse olhar atento, que observa, cuidadosamente, questiona, respeita e admira a beleza das sutis diferenças...
Assim, essa criança entenderá desde então que cada ser é único e irrepetivel. E que o sopro da vida também é único a cada ser. Ele é a razão de existirmos e estarmos vivos para desempenhamos a nosso papel aqui na Terra.
Desempenhar esse nosso papel, a nossa função, é fazer o melhor de nós, porque como já afirmava a saudosissima e querida Helena Blavatsky " quem faz o seu melhor, faz o melhor que podia ter sido feito".
"Quando uma criança aprende que não pisar numa lagarta é tão importante para a lagarta como para ela mesma" , ela aprende a lógica da vida, da unicidade.
Somos todos um!
Esse sentimento quando é adubado em um coraçãozinho ainda puro, delicado e fértil, tem um poder imenso...
É capaz de fazer brotar o amor, para florescer, embelezar e transformar o mundo.
Publicado em meu Site Literário
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